“A captura do Touro de Creta” – O aprendizado sobre a natureza dos desejos
Triste e só Hércules segue para
realizar o 2º Trabalho. No horizonte erguia-se a ilha onde vivia o
touro que ele deveria capturar. O touro era guardado por um labirinto
que desnorteava os homens mais audazes: o labirinto de Minos, Rei de
Creta, guardião do touro. Cruzando o oceano até a ilha ensolarada,
Hércules iniciou sua tarefa de procurar o touro e conduzi-lo ao
Lugar Sagrado, onde moram os homens de um olho só, os Ciclopes.
De um lugar para o outro ele caçava o
touro, seguindo a luz que brilhava na cabeça do animal. Sozinho ele
o perseguiu, encurralou, capturou e montou, e assim, guiado pela luz
atravessou o oceano até a terra dos Ciclopes que eram três e
chamavam-se Brontes, Esterope e Arges. É importante observar que
Minos, Rei de Greta, o dono do touro sagrado, possuía também o
labirinto onde o Minotauro vivia, labirinto tem sido sempre símbolo
de grande ilusão. A palavra “labirinto” significa algo confuso,
que desnorteia e embaraça.
A ilha de Creta com seu labirinto e o
touro sagrado é um destacado símbolo de ilusão, estando separada
do continente, e ilusão e confusão são características do eu
separado, mas não da alma em seu próprio plano, onde as realidades
grupais e as verdades universais constituem o seu reino.
Para Hércules o touro representava o
desejo animal, e os muitos aspectos dos desejos no mundo da forma, a
totalidade dos quais constituem a grande ilusão.
O discípulo, tal como Hércules, é
uma unidade separada do continente, símbolo do grupo, pelo mundo da
ilusão e pelo labirinto em que vive.
O touro do desejo tem que ser
capturado, domado e perseguido de um ponto a outro da vida do eu
separado, até o momento em que o aspirante possa fazer o que
Hércules conseguiu, montar o touro. Montar o touro significa
controlar. O touro não é sacrificado, ele é montado e dirigido,
sob o domínio do homem.
Este é o trabalho associado ao signo
de Touro. A consumação do trabalho é realizada em Touro, e o
resultado da influência deste signo é a glorificação da matéria
e a subsequente iluminação por seu intermédio.
Tudo que atualmente impede a glória,
que é a alma, e o esplendor que emana de Deus dentro da forma, de
brilhar em sua plenitude, é a matéria ou aspecto forma. Quando esta
houver sido consagrada, purificada e espiritualizada, então a glória
e a luz poderão realmente brilhar através dela.
Bibliografia: Os 12 Trabalhos de Hércules - Alice A. Bailey
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