O signo em que o Sol se encontra no momento em que nascemos, mostra o caminho que precisamos
seguir para desenvolver um ego saudável e senso de individualidade. As qualidades construtivas do nosso signo solar vão nos fazer
sentir muito mais completos e realizados.
Ao longo da vida
vamos precisar encontrar um jeito de expressar e irradiar estas qualidades,
isto pode ser através do que chamamos de vocação, chamamento, talento ou
qualificação, que pode se manifestar profissionalmente ou não, dependendo das
casas VI , Meio do Céu, seus regentes, casas em que se encontram e aspectos.
O signo do Sol é o símbolo do que precisamos lutar de forma consciente para obter, não vem de
forma instintiva, é uma potencialidade que deve ser desenvolvida e acessada, é
o “animus”.
A casa em que o Sol
se encontra é onde precisamos nos destacar de alguma forma, nos sentir
especial. Ao nos dedicar a atividades associadas a esta casa vamos forjar uma
noção mais clara de ego e identidade.
A vida é uma luta na
casa onde o Sol se encontra, travamos batalhas com dragões que tentam nos deter,
impedindo o desenvolvimento na esfera de experiência associada a casa.
Normalmente sentimos que sempre podemos fazer melhor do que já fizemos, nesta
área da vida. Esta casa é onde podemos ter pistas quanto à vocação e
inclinações naturais.
Os planetas em
aspecto com o Sol natal representam uma energia ligada, positiva ou negativa,
ao desenvolvimento de nossa individualidade e auto-expressão. Precisamos
encontrar maneiras construtivas de expressar e incluir estas energias em nossas
vidas. Uma pessoa com o Sol em aspecto com Netuno precisa encontrar Netuno no
seu processo de individualização, se expressar através de uma carreira ou
atividade “netuniana”, cura, música, artes etc.
Podemos encontrar
os aspectos do nosso Sol nas pessoas das nossas vidas, principalmente as
oposições. Quem tem o Sol oposto a Saturno pode achar que os outros são
limitadores ou bloqueadores, precisam assumir e integrar essas qualidades que
normalmente projetam nas pessoas ao redor.
O Sol representa o
pai, os aspectos com os planetas serão indicativos das questões relacionadas
com esta figura tão definitiva no “animus”.
Além de
reapresentar o processo de definição de nossa individualidade e do senso de
separação do “self” é nosso veículo, possui aquela porção em nós que participa da totalidade da
vida.
O Sol é um
progressista, princípio ativo e dinâmico que desenvolvemos ao longo da
existência. Nunca terminamos de desenvolver as possibilidades do nosso Sol,
este é um aspecto da personalidade que está sempre em processo de vir a ser,
rumar para alguma meta ou destino.
O mito do herói é um mito solar, preste a se
tornar algo, cada um de nós é especial e único, temos um destino pessoal, uma
contribuição individual para dar a vida. Estar de acordo com este destino nos
faz mais felizes e conscientes em busca do nosso herói interior.
É o Sol em nós que
sente que temos uma busca a fazer, uma jornada rumo ao desconhecido, um profundo
mistério no centro do “eu”. As metas solares são interiores, diz respeito à
auto-realização, a experiência da vida como alguém especial e cheio de
significado.
“Não sou um rato velho, um coelho ou uma couve-flor, minha
vida tem significado, potenciais que ainda não realizei”, diz o Sol. Ao
ignorarmos este impulso solar ficamos por nossa conta e risco, não damos nosso
salto heróico, não oferecemos a nossa contribuição e ficamos fadados a uma vida
não vivida, expostos a toda sorte de infelicidades e medos que daí resultam.
“A ação preserva um
sentido de auto-identidade que a reflexão dispersa. Quando trabalhamos no
mundo, temos uma solidez aparente. A ação nos dá consolo pela nossa
inexistência. Não é o sonhador ocioso que escapa da realidade. São homens e
mulheres práticos, que se voltam para uma vida de ação como refúgio contra a ausência de significação.” (Anatomia de John Gray – John Gray).
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