Esta constelação tem origem na Mesopotâmia, visto que nas tábuas Mul-Apin aparece como Mas-tab-ba-gal-gal, em sumério, “Os Grandes Gêmeos”. Esta denominação parece proceder sem dúvida do nome dado às grandes montanhas situadas no limite do mundo conhecido, segundo a cosmografia suméria, “As Grandes Montanhas” ou “Os Grandes Gêmeos”. Estes montes eram defendidos pelos legendários Homens-Escorpião, e formavam um longo desfiladeiro pelo qual o sol saía todos os dias de baixo da Terra desde um lugar situado mais ao Leste. Têm um papel destacado na Epopeia de Gilgamesh, já que o herói tem que atravessá-los em sua busca pela imortalidade, que o levará a visitar Utnapishtin, o Noé sumério.
Os gregos adaptaram esta constelação zodiacal da Mesopotâmia, pois como vimos nos Fenômenos, não tinham nenhum mito associado a esta. Posteriormente, identificariam esta constelação com os gêmeos mais famosos da mitologia grega, ainda que esta não seja a única identificação, já que Ptolomeu via Apolo nesta constelação.
No Egito esta constelação era representada por dois vegetais e na cultura fenícia era associada a um par de cabras. Para os romanos, estes gêmeos se associavam aos legendários fundadores, Rômulo e Remo. Para os egípcios, Gêmeos representava Horus e Harpócrates, o deus falcão filho da deusa Isis, enquanto que para os hebreus representava uma misteriosa porta dupla. Simbolicamente representa a pura força criadora de Áries e Touro, que se cinde em um dualismo. Segundo E. Cirlot simboliza o intelecto objetivado e refletido, sendo a natureza criadora e a natureza criada.
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