A entrada do Sol em Câncer marca o Solstício de Inverno no Hemisfério Sul e o de Verão no Hemisfério Norte.
Para a astronomia solstício vem do latim, Sol + sistere, que não
se mexe, é o momento em que o sol,
durante seu movimento aparente na esfera celeste atinge a maior
declinação em latitude, medida a partir da linha do equador. Os
solstícios ocorrem duas vezes por ano, em dezembro e em junho. O dia
e hora exatos variam de um ano para outro. Quando ocorre no verão
significa que a duração do dia é a mais longa do ano.
Analogamente, quando ocorre no inverno, significa que a duração da
noite é a mais longa do ano.
No Hemisfério Sul o Solstício de Verão ocorre por volta do dia
21 de dezembro e o Solstício de Inverno por volta do dia 21 de
junho. Estas datas marcam o início das respectivas estações do ano
neste Hemisfério. Já no Hemisfério Norte o fenômeno é simétrico,
o Solstício de Verão ocorre em junho e o Solstício de Inverno
ocorre em dezembro. Os momentos exatos dos Solstícios marcam a
mudança de estação. Isto ocorre porque quando a Terra está mais
próxima do Sol, periélio, viaja mais velozmente do que quando está
mais longe, afélio, em conformidade com a segunda lei de Kepler.
Na antiguidade, as iniciações eram
feitas sempre no solstício de Inverno, porque sendo o ultimo dia de
maior noite, significava a marca do inicio do ciclo de dias de luz
cada vez maiores, significava ainda a saída do mundo dos mortos, a
noite, a escuridão, ou a entrada no mundo dos vivos, o dia, a
luz. As iniciações tinham assim o significado de renascer ou
nascer de novo para a Luz, o renascimento assume assim o significado
simbólico da vida que se renova após a grande noite, a morte.
No
Egito antigo, os Faraós eram reiniciados a cada novo Solstício de
Inverno. As Pirâmides foram construídas em alinhamento para
receber o Sol de frente à porta de entrada, exatamente no dia do
Solstício de Inverno. Em diversas outras civilizações, as grandes
obras de arquitetura foram construídas com este alinhamento e com
este objetivo.
Os trópicos de Câncer e Capricórnio são definidos em função
dos Solstícios. No Solstício de Verão do Hemisfério Sul, os raios
solares incidem perpendicularmente à superfície da Terra no Trópico
de Capricórnio. No solstício de verão do Hemisfério Norte ocorre
o mesmo fenômeno no Trópico de Câncer.
Em várias culturas ancestrais, o Solstício de Inverno era
festejado com comemorações que deram origem a vários costumes hoje
relacionados com o Natal das religiões pagãs. O Solstício de
Inverno, o menor dia do ano, a partir de quando a duração do dia
começa a crescer, simbolizava o início da vitória da luz sobre a
escuridão. Festas das mitologias persas e hindus referenciavam as
divindades de Mitra como um símbolo do Sol Vencedor, marcada pelo
Solstício de Inverno. A cultura do Império Romano incorporou a
comemoração dessa divindade através do Sol Invictus. Com o
enfraquecimento das religiões pagãs, a data em que se comemoravam
as festas do Sol Vencedor passaram a referenciar o Natal, numa
apropriação destinada a incorporar as festividades de inúmeras
comunidades recém convertidas ao cristianismo.
Na linha do equador a duração dos dias é fixa ao longo das
estações do ano com doze horas de luz e doze horas de noite. Desse
modo os Solstícios nessa linha não podem ser obtidos através de
dias ou noites mais longas e somente podem ser observados através do
dia em que o Sol atinge a menor elevação no meio-dia local, podendo
o azimute dessa elevação do Sol estar orientado para o Norte
(Solstício de verão no Hemisfério Norte) ou para o Sul (Solstício
de verão no Hemisfério Sul). Na linha do equador não há como
dizer se um Solstício é de verão ou de inverno uma vez que
demarcam a separação dos Hemisférios Norte e Sul da Terra.
Nas linhas dos trópicos de Câncer e Capricórnio, os Solstícios
de Verão respectivos a cada Hemisfério da Terra coincidem com o
único dia do ano em que os raios solares incidem perpendicularmente.
Nas linhas dos círculos polares Ártico e Antártico, os
Solstícios marcam o único dia do ano em que o dia ou a noite duram
24 horas ininterruptas, considerando a estação do ano, verão ou
inverno, respectivamente. A entrada do Sol em Câncer marca o Solstício de Inverno no Hemisfério Sul e o de Verão no Hemisfério Norte.Com o Sol transitando por Câncer até 22 de julho de 2014, temos um signo de Água, energia acolhedora voltada para a nossa nutrição física e emocional. Os sentimentos e emoções são trabalhados nesse signo, assim como a afetividade e reações inconscientes. Signo regido pela Lua e relacionado ao 4° Trabalho de Hércules.
Neste ciclo fará conjunção com Júpiter e quadratura com Marte, Urano e oposição a Plutão, trígono com Netuno e Quíron. O trígono com Netuno e Quíron potencializa experiências mediúnicas, inspiração, crianção artística e curas emocionais através de práticas alternativas, medicina oriental e vivências espirituais. Estaremos mais nervosos e ansiosos com muita imaginação e criatividade. No entanto, tenderemos a distorcer a realidade com propensão a sonhar acordado e fantasiar. O aspecto com Plutão ativa uma poderosa energia de evolução espiritual, não sem antes colocar por terra tudo que impede nossa harmonia e consciência. Tempos de rupturas necessárias e transformações nas famílias, sociedades, nações e política mundial.
Nestes dias os exageros e arroubos emocionais estarão no ar. Devemos buscar ter atitudes equilibradas como nos aponta Marte em Libra, evitando conflitos desnecessários que podem ser muito violentos e irreversíveis, tanto nas relações pessoais como nas sociais. Período de difícil entendimentos onde mágoas ou nacionalismo exacerbado podem ser o estopim para guerras, violências e separações.
Características de quem tem Sol em Câncer: Sensível, introspectivo, complexo, sentimental, maternal, sensitivo, retraído, dificuldade de se libertar da figura materna, estabilidade adquirida pelos sentimentos, enfrentam indiretamente o inimigo, cíclicos, gostam de coisas antigas, recordações, antiguidades, procriação, intuição, libertação através da carreira, imaginação, gostam de colecionar bichos de pelúcia, tem contato com sua criança interior. Quando feridos podem se auto-sabotar, às vezes inseguros diante de suas reais possibilidades, perseverantes, gostam de crianças. Costumam ter boa memória, gostam de plantas e animais e o contato com a floresta refaz suas energias, muito ligados a família, às raízes, aos ancestrais, o sexo pode ter um caráter lúdico que propriamente físico, procuram no companheiro camaradagem, a Grande Mãe.
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