sexta-feira, 20 de junho de 2014

Solstício e Sol em Câncer


    A entrada do Sol em Câncer marca o Solstício de Inverno no Hemisfério Sul e o de Verão no Hemisfério Norte.
   Para a astronomia solstício vem do latim, Sol + sistere, que não se mexe, é o momento em que o sol, durante seu movimento aparente na esfera celeste atinge a maior declinação em latitude, medida a partir da linha do equador. Os solstícios ocorrem duas vezes por ano, em dezembro e em junho. O dia e hora exatos variam de um ano para outro. Quando ocorre no verão significa que a duração do dia é a mais longa do ano. Analogamente, quando ocorre no inverno, significa que a duração da noite é a mais longa do ano.
   No Hemisfério Sul o Solstício de Verão ocorre por volta do dia 21 de dezembro e o Solstício de Inverno por volta do dia 21 de junho. Estas datas marcam o início das respectivas estações do ano neste Hemisfério. Já no Hemisfério Norte o fenômeno é simétrico, o Solstício de Verão ocorre em junho e o Solstício de Inverno ocorre em dezembro. Os momentos exatos dos Solstícios marcam a mudança de estação. Isto ocorre porque quando a Terra está mais próxima do Sol, periélio, viaja mais velozmente do que quando está mais longe, afélio, em conformidade com a segunda lei de Kepler.
   Na antiguidade, as iniciações eram feitas sempre no solstício de Inverno, porque sendo o ultimo dia de maior noite, significava a marca do inicio do ciclo de dias de luz cada vez maiores, significava ainda a saída do mundo dos mortos, a noite, a escuridão, ou a entrada no mundo dos vivos, o dia, a luz. As iniciações tinham assim o significado de renascer ou nascer de novo para a Luz, o renascimento assume assim o significado simbólico da vida que se renova após a grande noite, a morte.
   No Egito antigo, os Faraós eram reiniciados a cada novo Solstício de Inverno. As Pirâmides foram construídas em alinhamento para receber o Sol de frente à porta de entrada, exatamente no dia do Solstício de Inverno. Em diversas outras civilizações, as grandes obras de arquitetura foram construídas com este alinhamento e com este objetivo.

   Os trópicos de Câncer e Capricórnio são definidos em função dos Solstícios. No Solstício de Verão do Hemisfério Sul, os raios solares incidem perpendicularmente à superfície da Terra no Trópico de Capricórnio. No solstício de verão do Hemisfério Norte ocorre o mesmo fenômeno no Trópico de Câncer.
  Em várias culturas ancestrais, o Solstício de Inverno era festejado com comemorações que deram origem a vários costumes hoje relacionados com o Natal das religiões pagãs. O Solstício de Inverno, o menor dia do ano, a partir de quando a duração do dia começa a crescer, simbolizava o início da vitória da luz sobre a escuridão. Festas das mitologias persas e hindus referenciavam as divindades de Mitra como um símbolo do Sol Vencedor, marcada pelo Solstício de Inverno. A cultura do Império Romano incorporou a comemoração dessa divindade através do Sol Invictus. Com o enfraquecimento das religiões pagãs, a data em que se comemoravam as festas do Sol Vencedor passaram a referenciar o Natal, numa apropriação destinada a incorporar as festividades de inúmeras comunidades recém convertidas ao cristianismo.
   Na linha do equador a duração dos dias é fixa ao longo das estações do ano com doze horas de luz e doze horas de noite. Desse modo os Solstícios nessa linha não podem ser obtidos através de dias ou noites mais longas e somente podem ser observados através do dia em que o Sol atinge a menor elevação no meio-dia local, podendo o azimute dessa elevação do Sol estar orientado para o Norte (Solstício de verão no Hemisfério Norte) ou para o Sul (Solstício de verão no Hemisfério Sul). Na linha do equador não há como dizer se um Solstício é de verão ou de inverno uma vez que demarcam a separação dos Hemisférios Norte e Sul da Terra.
   Nas linhas dos trópicos de Câncer e Capricórnio, os Solstícios de Verão respectivos a cada Hemisfério da Terra coincidem com o único dia do ano em que os raios solares incidem perpendicularmente.
    Nas linhas dos círculos polares Ártico e Antártico, os Solstícios marcam o único dia do ano em que o dia ou a noite duram 24 horas ininterruptas, considerando a estação do ano, verão ou inverno, respectivamente. A entrada do Sol em Câncer marca o Solstício de Inverno no Hemisfério Sul e o de Verão no Hemisfério Norte.
   Com o Sol transitando por Câncer até 22 de julho de 2014, temos um signo de Água, energia acolhedora voltada para a nossa nutrição física e emocional. Os sentimentos e emoções são trabalhados nesse signo, assim como a afetividade e reações inconscientes. Signo regido pela Lua e relacionado ao 4° Trabalho de Hércules.
   Neste ciclo fará conjunção com Júpiter e quadratura com Marte, Urano e oposição a Plutão, trígono com Netuno e Quíron. O trígono com Netuno e Quíron potencializa experiências mediúnicas, inspiração, crianção artística e curas emocionais através de práticas alternativas, medicina oriental e vivências espirituais. Estaremos mais nervosos e ansiosos com muita imaginação e criatividade. No entanto, tenderemos a distorcer a realidade com propensão a sonhar acordado e fantasiar. O aspecto com Plutão ativa uma poderosa energia de evolução espiritual, não sem antes colocar por terra tudo que impede nossa harmonia  e consciência. Tempos de rupturas necessárias e transformações nas famílias, sociedades, nações e política mundial.
   Nestes dias os exageros e arroubos emocionais estarão no ar. Devemos buscar ter atitudes equilibradas como nos aponta Marte em Libra, evitando conflitos desnecessários que podem ser muito violentos e irreversíveis, tanto nas relações pessoais como nas sociais. Período de difícil entendimentos onde mágoas ou nacionalismo exacerbado podem ser o estopim para guerras, violências e separações.

   Características de quem tem Sol em CâncerSensível, introspectivo, complexo, sentimental, maternal, sensitivo, retraído, dificuldade de se libertar da figura materna, estabilidade adquirida pelos sentimentos, enfrentam indiretamente o inimigo, cíclicos, gostam de coisas antigas, recordações, antiguidades, procriação, intuição, libertação através da carreira, imaginação, gostam de colecionar bichos de pelúcia, tem contato com sua criança interior. Quando feridos podem se auto-sabotar, às vezes inseguros diante de suas reais possibilidades, perseverantes, gostam de crianças. Costumam ter boa memória, gostam de plantas e animais e o contato com a floresta refaz suas energias, muito ligados a família, às raízes, aos ancestrais, o sexo pode ter um caráter lúdico que propriamente físico, procuram no companheiro camaradagem, a Grande Mãe.

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