A Lua e o “Eu” Inconsciente
Venerada como divindade na antiguidade, a Lua foi vinculada
ao feminino, a fecundidade, a fragilidade, a mãe, a nutrição e a instabilidade.
É a energia da nossa natureza emocional e, o signo em que se encontra define
esta natureza arquetípica.
A Lua revela as manifestações do inconsciente, simboliza a
nossa alma, os nossos sonhos, as nossas fantasias e outras manifestações do
“eu” profundo e inconsciente. Como guardamos as impressões das experiências vividas, nosso
humor e como reagimos. Representa o passado, o condicionamento, a imaginação,
as viagens, as mudanças temporárias, intuição, sonhos, fantasia, o yin,
desejos, emoção, instinto, alma, a mãe, feminilidade, o lado inconsciente da personalidade, a energia passiva, a
família, a casa, a sensibilidade, os assuntos domésticos, a saúde e o
cotidiano.
Na interpretação astrológica governa os nossos instintos
mais básicos e primários, a nossa maneira intuitiva de ser, o nosso lado mais
sensível e emocional.
A casa em que Lua se localiza em nosso mapa recebe essa
energia fluida e impressionável. Possui força para dar e receber
nutrição física e emocional, mas também insegurança e sensibilidades
fora de controle.
No mapa natal, o signo e casa da Lua oferecem uma descrição
bastante detalhada do tipo de coisas que nos proporcionam sensação de
segurança. Nossa fome lunar é uma característica humana básica, apesar dos
modos de expressão variarem. Se não soubermos como acolher e expressar nossa condição lunar, a Lua não consegue operar diretamente através da
personalidade, vai se manifestar indiretamente, através dos mecanismos cegos
que adotamos quando estamos inconscientemente ansiosos e precisamos recuperar a
segurança, criando assim nossos comportamentos compulsivos.
Todos têm algum grau de compulsão, pois a vida muitas vezes
é realmente insegura, mutável e desconhecida. Ninguém tem segurança
suficiente para nunca ter medo. Se conseguirmos conhecer, aceitar e respeitar
nossa Lua podemos aprender a nos nutrir adequadamente, o que permita lidar com
a ansiedade de forma mais sensata e criativa.
Aqui aprendemos como reagir emocionalmente a todas as forças
estimulantes da vida. Através da prática, desenvolvemos padrões de reação que
se tornam estruturas construtoras de atitudes. Conhecendo as estações
ou as mudanças que fluem interiormente, vamos alcançar e manter
uma reflexão clara e precisa do ser, não somente através de nossos próprios
olhos, mas através dos olhos dos outros.
A elevação da consciência através da posição da Lua é, na verdade,
uma tarefa muito trabalhosa. Isso não significa que um indivíduo precisa
exercitar o controle emocional, mas sim que precisamos alcançar a harmonia
emocional. Freqüentemente essas duas coisas não são iguais. Controlar nossas
emoções, levando em consideração os fatores desagradáveis fora de nós mesmos, é
como usar um guarda-chuva, nos proteger, e ao mesmo tempo ter a possibilidade
de escolher entre sol e chuva, gostaríamos que não chovesse, mas chove, e só o que podemos mudar são as nossas impressões sobre ela.
A verdadeira harmonia emocional vem do reconhecimento de que
não podemos mudar o tempo, mas, certamente, podemos mudar a maneira de nos
aliarmos a ele.
O bambu que verga na tempestade enquanto suas folhas voam
com o vento, ergue-se novamente quando a tempestade se acalma, recupera seu
esplendor e movimento. Ao mesmo tempo, uma árvore frágil sempre é destruída
pela tempestade.
Os delicados galhos e folhas do bambu são muito parecidos
com a natureza emocional do homem, que é representada pela Lua. Embora os
galhos e folhas se curvem a cada brisa, nós temos a consciência de que a
sobrevivência depende de nossa capacidade de manter a ligação ao tronco da
árvore, que é representado na linguagem astrologica pelo Sol.
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